quinta-feira, 30 de maio de 2013

Conclusão do Blog

Chegados ao final do ano letivo, damos por concluído o nosso trabalho sobre o autismo e a síndrome de asperger. Foi bastante gratificante fazer este trabalho, pois aprendemos muito sobre este tipo de problemas que, infelizmente, parecem afetar muitas crianças e jovens no mundo inteiro. Procurámos desenvolver um trabalho honesto, cientificamente rigoroso, o que só foi possível com o apoio das técnicas do Cadin que, gentilmente, aceitaram colaborar connosco, bem como com a disponibilidade da professora Manuela Martins que nos lançou este desafio.
Neste sentido, queremos agradecer à Dra. Sandra Pinho, à Dra. Magda Alves e à nossa professora terem-nos acompanhado neste percurso cujo resultado se traduziu em conhecimento partilhado.
Esperamos que esta partilha possa ser alargada a todos aqueles que ao consultarem o nosso blog encontrem nele informação que possa constituir uma mais valia para todos.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Temple Grandin - 2010


Baseado no livro “Uma menina estranha”, da própria Temple, uma mulher com autismo que acabou por se  tornar uma das maiores especialistas do mundo em manejo de gado e planeamento de currais e matadouros.
 
País de origem: EUA
Gênero: Drama
Duração: 108 min
Direção: Mick Jackson
Elenco: Claire Danes, Catherine O’Hara, David Strathairn, Julia Ormond, Charles Baker.

Mary e Max: Uma amizade Diferente (Mary and Max) - 2009

Uma história de amizade entre duas pessoas muito diferentes: Mary Dinkle, uma menina gordinha e solitária, de oito anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, e Max Horovitz, um homem de 44 anos, obeso e judeu que vive com Síndrome de Asperger no caos de Nova Iorque.
Alcançando 20 anos e 2 continentes, a amizade de Mary e Max sobrevive muito além dos altos e baixos da vida. Uma viagem que explora a amizade, o autismo, o alcoolismo, de onde vêm os bebés, a obesidade, a cleptomania, a diferença sexual, a confiança, diferenças religiosas e muito mais.

Curiosidades

Muitas são as curiosidades acerca do autismo. No nosso trabalho de projecto procuramos apronfundar os nossos conhecimentos acerca destas e assim podermos transmiti-las para toda a população.
 
A primeira são os diversos objectos que ajudam no dia a dia de uma criança autista.
 
 
 
Para além de objetos como estes acima apresentados, existem quartos destinados a crianças autistas. Estes quartos têm como objetivos ajudar no desenvolvimento da criança.
 

 
 
 
A crianças com autismo, precisam no seu dia a dia de muita rotina. Outra curiosidade são os diversos quadros criados para as crianças autistas que ajudam nesta tarefa.
 


terça-feira, 28 de maio de 2013

A Mother’s Courage: Talking back to Autism - 2009

Narrado por Kate Winslet, este inspirado filme mostra a busca de uma mulher para desbloquear a mente de seu filho autista. Margret, cujo filho de dez anos de idade, Keli, é autista, começa a sua jornada em Islândia, mas rapidamente se expande para os Estados Unidos e Europa. Ao longo do caminho, ela encontra os principais especialistas em autismo e advogados e conecta-se com várias outras famílias tocadas pelo autismo. Como ela se depara com terapias inovadoras com potencial para quebrar as barreiras do autismo, Margret encontra esperança de que o seu filho possa ser capaz de expressar-se num nível que nunca pensou ser possível.

Testemunha do Silêncio (Silent Fall) - 1994

Não há pistas, nem motivos, nem suspeitos. E a única testemunha ocular sabe que nem tudo poderá ser dito. Ele é uma criança autista de nove anos cujas memórias do brutal massacre dos seus pais estão seladas dentro dele – a não ser que um determinado e carinhoso psicólogo infantil possa acessá-las. Richard Dreyfuss é o psicólogo Jake Rainer em TESTEMUNHA DO SILÊNCIO um poderoso suspense engrandecido por um elenco de primeira (Jeff Craigk, Sixty Second Preview) e impecavelmente dirigido por Bruce Beresford (Conduzindo Miss Daisy). Linda Hamilton, John Lightgow, Liv Tyler, J. T. Walsh juntam-se a Dreyfuss nesse magnético enredo cheio de reviravoltas e surpresas, desde o começo até o seu final.

APPDA

Missão
Prestar serviços às pessoas com Perturbações do Desenvolvimento do Espectro do Autismo (PEA) e às pessoas com elas significativamente relacionadas, promovendo a defesa e o exercício dos respetivos direitos e a aquisição e melhoria de qualidade de vida.
 
Visão
Ser uma organização de referência no que respeita ao conhecimento do autismo e à qualidade dos serviços prestados às pessoas PEA e às pessoas com elas significativamente relacionadas.
 
Valores
O Respeito pela dignidade das Pessoas, não discriminação, inclusão, solidariedade, associativismo, espirito de missão e competência.
 
Princípios
A Associação respeita e dissemina os princípios consagrados na Constituição Nacional, na Carta dos Direitos das Pessoas com Autismo, na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e no Guia Pratico para o Funcionamento Ético das Organizações.
E, de um modo geral, pelos que visam a implementação e a defesa de uma Sociedade Inclusiva, consagrados em instrumentos da Ordem Jurídica Nacional e Internacional.
 
Objectivos
Promover a defesa dos direitos das pessoas com perturbações do desenvolvimento do espectro autista, colaborando com instituições congéneres, portuguesas ou estrangeiras, e com organizações ou instituições internacionais.
Apoiar a investigação da etiologia, fenomenologia e terapêutica das perturbações do desenvolvimento do espectro autista, colaborando com todas as pessoas e instituições interessadas.
Promover a formação e a educação das pessoas com perturbações do desenvolvimento do espectro autista, visando a sua integração escolar e social.
Dar apoio e formação às famílias das pessoas com perturbações do desenvolvimento do espectro autista.
Melhorar a qualidade de vida das pessoas com perturbações do desenvolvimento do espectro autista, nomeadamente, através do acesso a: diagnóstico e intervenção precoce, educação pré-escolar e escolaridade, centros de actividade ocupacional e centros residenciais.
 
Associações Federadas:
APPDA – Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo
- APPDA Lisboa
- APPDA Norte
- APPDA Coimbra
- APPDA Viseu
- APPDA S.Miguel, S.Maria
- APPDA Setúbal
- APPDA Madeira
- APPDA Algarve
- Centro ABC Real Portugal
- APPDA Leiria
- AMA – Associação de Amigos do Autismo
- AIA – Associação para a inclusão e apoio ao autista
- APPDA Sintra
- APPDA Aveiro
 
 
 

Fonte de Pesquisa:

http://www.appda-lisboa.org.pt/index.php (consultado em Abril de 2013)



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Down in the Delta – 1998


Conta a história de uma jovem mulher (Loretta), que vive em Chicago com a mãe e dois filhos, uma delas (Tracy) com autismo. Por insistência da mãe, vai passar o verão com as filhas na cidadezinha à beira do Mississipi, onde vive o seu tio e a sua tia (que tem doença de Alzheimer). Durante a sua estadia, aprende a lidar melhor com os problemas dos filhos e os seus próprios.

Ficha Técnica:

Diretor:Maya Angelou

Roteiro: Myron Gobl

Elenco:Alfre Woodward, Al Freeman Jr., Mary Alice, Esther Rolle, Wesley Snipes, Loretta Devine.

Eu Consigo! - Cadin

 
Em colaboração com o Cadin (centro de cariz universitário que junta a atividade clínica à investigação, ensino e divulgação), a Majora desenvolve uma gama especializada capaz de responder às necessidades de professores, terapeutas e pais no trabalho com crianças com dificuldades de aprendizagem, facilitando o diagnóstico, a estimulação e desenvolvimento de capacidades de raciocínio, emocionais, autonomia e intelectuais.

Palestra sobre os processos atípicos de desenvolvimento

Realizou-se, no dia 16 de Maio, no auditório da Escola Secundára Leal da Câmara, uma palestra cuja a convidada de honra foi a Psicóloga Magda Alves, do Cadin.

Com este iniciativa foi possível compreender melhor o que é o espectro do autismo e o papel que os psicólogos desempenham na compreensão e apoio a crianças e jovens com este tipo de problema, bem como as consequências que provoca no seio das famílias que estas crianças e jovens integram.

Foi claro que só com a ajuda de todos, técnicos, família e escola, será possível integrar estas pessoas no sentido de as fazer sentir felizes para lá da sua diferença.  


 
 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Entrevista CADIN - 2ª Parte


Que tipos de tratamentos são mais utilizados? Quais as principais técnicas utilizadas?


Na intervenção precoce há dois ou três grandes modelos famosos no autismo. Um, numa linha mais lúdica de trabalho de interação com as crianças, chamado flortime e sunrise. São intervenções em que estamos no quarto com a criança, estamos no chão com a criança com autismo, e trabalhamos só na relação com a criança, procuramos brincar à maneira delas acompanhar a brincadeira dela mesmo que seja uma brincadeira muito desadequada e repetitiva. Estamos no chão com a criança, estamos a brincar com a criança a aceitá-la como é, uma expressão “quando estamos a brincar com um carro com a criança e a criança pára para ver o que estamos a fazer, então é uma luz verde, pois é sinal que posso fazer “brum brum”. Estas intervenções são muito na base da aceitação da criança e brincadeira. No outro extremo, temos as intervenções cognitivas comportamentais intensivas, há uma intervenção que se chama Aba. Extremamente intensivo e por vezes temos meses de trabalho com o paciente a procurar que ele extinga comportamentos, estereotipias e perda de privilégios quando os exibe, que implemente comportamentos como olharmos ou fazer trabalho escolar e damos recompensas. Aqui no Cadin não utilizamos nem o extremo nem o outro, as colegas que trabalham com crianças o que fazem é que têm momentos de interação e tem momentos de trabalho em que usam a metodologia Aba, e aqui estamos na mesa a trabalhar, estão a ganhar privilégios ou a perdê-los conforme os comportamentos que manifestarem, e no final da sessão vão para o tapete um bocadinho e então vamos brincar, interagir de uma forma mais lúdica.

E qual a duração média dos tratamentos?


É de muito longo prazo, com as crianças geralmente propõe-se uma intervenção mais intensiva, em que podem vir 2 a 3 vezes por semana. As sessões são de 50 minutos mas o técnico prepara a família para trabalhar com a criança em casa e prepara a escola para trabalhar com a criança. Portanto vêm aqui 3 vezes por semana, durante 50 minutos, mas o técnico também faz um trabalho que permite que o seu trabalho que seja replicado num contexto familiar e escolar. Posteriormente, pode ir-se espaçando mais a intervenção, em vez de vir duas vezes passa a vir uma, mas é para o resto da vida.

Qual a taxa de sucesso dos tratamentos?


Temos vindo a ver que quando o diagnóstico é muito precoce, podem ser autismos até graves, quando a intervenção é feita desta forma, e ela é consistente por técnicos, familiares, professores, em que toda a gente comunica, troca impressões, trabalham todos da mesma maneira, o sucesso é maior e a criança aproxima-se mais da Síndrome de Asperger.

Qual o papel dos familiares/amigos na fase de tratamento?


Isso é absolutamente essencial, o papel e o apoio dos familiares, da escola, dos professores e colegas. Estes miúdos muitas vezes desenvolvem perturbações secundárias que vão agravar todo o quadro, devido a serem vítimas de bulling grave nas escolas. Mas, felizmente, muitas destas pessoas têm uma força enorme. Por vezes, há histórias arrepiantes, que nem nós próprios tínhamos vontade de voltar à escola e estes miúdos continuam a ir à escola e a sofrer todos os dias. A família é fundamental, a escola é fundamental e os professores e os colegas são fundamentais para ajudar estas crianças e adolescentes.

Como se processa a vida escolar de pessoas com estas características?


Mais uma vez temos entre o Autismo e a Síndrome de Asperger uma grande diferença. No autismo severo a vida escolar logo desde o início tem de ser toda ela adaptada, tem que haver medidas específicas. Atualmente o que se acredita é que a filosofia de inclusão destes alunos na escola, uma inclusão no caso do autismo severo não pode ser uma inclusão na sala de aula, muitas vezes podem estar em algumas disciplinas com os colegas mas noutras vezes estão na escola mas estão numa sala especializada para eles, são chamadas salas de ensino estruturado, porque eles precisam de muita estrutura na sala de aula. Numa sala de aula comum tem demasiado barulho, demasiada distracção e tem pouca estrutura para um aluno com autismo, portanto são alunos que desde o 1º ciclo têm adequações curriculares e nos seus processos de avaliação que estão em algumas aulas, como educação física e até estão com colegas mas quando se trata de disciplinas como português ou matemática estão numa sala de ensino estruturado.
No caso da Síndrome de Asperger chegam a fazer o percurso académico inteiro sem qualquer tipo de ajustamento no processo educativo, outros precisam de ajustamentos mais ao nível do processo de avaliação, nomeadamente com tempo extra para fazerem os testes e eventualmente com adequações no tipo de questões, questões mais directas, eles têm algumas dificuldades nas questões abertas. Eles têm apoio pedagógico personalizado.

As instituições educativas que acolhem estas crianças estão preparadas para as receber e ajudar?


As instituições são obrigadas a aceitar e nem todas têm salas de ensino estruturado, por vezes o aluno se tiver autismo severo pode ter que se deslocar para mais longe. As escolas são obrigadas a terem as salas de ensino estruturado caso, o aluno traga com justificação médica que sofre de autismo, têm que implementar as medidas respectivas. Basta existir boa vontade para um aluno conseguir ter um bom ensino e ter um bom percurso escolar.

O CADIN enuncia como utopia afirmar-se como um centro de desenvolvimento aberto a todas as pessoas, independentemente das suas condições económicas. Até que ponto o CADIN já conseguiu realizar essa utopia?


Tem a ver com as bolsas que o Cadin proporciona aos seus utentes, mas hoje em dia as bolsas são cada vez mais restritas e por isso não é possível abranger todas as pessoas. No início, as famílias que chegavam com dificuldades económicas recebiam logo a bolsa social, mas agora é preciso ir procurar ao tribunal, à segurança social e a procurar outras ajudas económicas, fazer campanhas, voluntariado…
Cada vez mais somos obrigados a encaminhar pessoas para outras estruturas de apoio pois, infelizmente, o Cadin não tem possibilidade para chegar a todas as que necessitam.

Muito obrigada pela sua disponibilidade.

Entrevista ao CADIN - 1ª Parte

Este Trabalho de Projecto sobre os Processos Atípicos de Desenvolvimento surge no âmbito da Disciplina de Psicologia A do 12º ano.
Para aprofundarmos os nossos conhecimentos realizamos uma visita ao CADIN (Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil) onde entrevistamos a psicologa Sandra Pinho.


Gostaríamos de saber quais são os comportamentos atípicos do desenvolvimento com os quais o CADIN lida diariamente?


Diariamente, lidamos, muito com perturbações no espectro do autismo, que vão desde o autismo mais grave/severo até ao autismo ligeiro, na forma da síndrome de asperger. Trabalhamos também com deficiência mental. Seguimos muitas pessoas com hiperatividade, défice de atenção e outros problemas de comportamento associados, com problemas de dislexia e várias dificuldades de aprendizagem específica, são realmente estes 4 grupos: autismo, deficiência mental, hiperatividade e dificuldades de aprendizagem específica que caraterizam, maioritariamente, aqueles que nos procuram.

Qual é o género e a média de idades que predomina no CADIN?


No caso do autismo e da hiperatividade os estudos de prevalência indicam uma prevalência maior no sexo masculino, por exemplo, no caso da síndrome de asperger estima-se uma razão de 5/6 rapazes para cada rapariga. Cada vez mais, temos vindo a questionar esses resultados, nós supomos que existem tantas raparigas com síndrome de asperger ou até com défice de atenção como rapazes, mas nós supomos que as manifestações nas raparigas são diferentes, são mais subtis e por isso muitas vezes passam desapercebidas. Falando no caso da hiperatividade, por exemplo, o que nos parece acontecer é que é que a hiperatividade e o défice de atenção têm dois grandes tipos: o tipo predominantemente hiperativos e o tipo predominantemente desatentos. Aliás, há um terceiro que é um misto destes os dois tipos. Eventualmente nos rapazes o tipo predominante é o tipo hiperativo e como as manifestações são mais visíveis, eles chegam mais facilmente às consultas. Nas raparigas o tipo predominante é o tipo desatento, tem características de sonhadora, cabeça na lua, não chateia ninguém e portanto não chega às consultas. De facto acabam por ser mais rapazes do que raparigas inscritos aqui por estas razões, não por haver mais prevalência mas sim pelas manifestações, logo chegam mais facilmente. Em termos de idades como lhe disse e como viram num dos slides, acompanhamos aquelas percentagens.

Qual é a reação da família ao saber que têm um familiar com problemas de ordem emocional e psíquica?


Aqui nós avaliamos sobretudo os problemas de desenvolvimento, ou seja, o problema emocional, por exemplo se chegar aqui uma criança com um problema de ansiedade, que às vezes chegam, a reação é sempre de preocupação, mas sabemos que é um problema com resolução e que poderá ter uma remissão completa. Quando falamos de perturbações do desenvolvimento, são crónicas, são irreversíveis, sobretudo, se falarmos em deficiência mental e em autismo, sabemos que é tratável mas não é curável. Um diagnóstico de autismo positivo é devastador para os pais, porque sabem que é para o resto da vida e que vai haver uma dependência para o resto da vida. O diagnóstico da hiperatividade, défice de atenção ou dificuldades específicas de aprendizagem é menos chocante, embora realmente, regra geral com grande preocupação e com vontade de se mobilizarem para ajudar e mobilizar todos os recursos necessários. Ou seja, vemos muitas vezes famílias, apesar das dificuldades económicas, apesar das dificuldades em termos de tempo, mobilizarem-se muito para virem aqui e para virem às terapias. Os pais às vezes têm de esperar 2/3 horas na sala de espera, enquanto a criança, está a ter terapia e portanto preocupação e mobilização para ajudar é a reação que vemos mais frequentemente. Ma também há casos em que os pais não aceitem o diagnóstico. E nestes caso, já aconteceu, as pessoas não aceitarem, saírem daqui e nem quererem levar o relatório, como se estivesse contaminado, indo procurar outra equipa. Isto mostra que, muitas vezes, é um processo que a família tem mesmo que viver, ou seja, ter um filho com deficiência mental, por exemplo, exige um luto por parte dos pais e do filho semelhantes. Este luto tem fases que têm de ser ultrapassadas, a primeira que é de negação, uma segunda de raiva, “porque é que isto me aconteceu a mim?”, uma terceira de tristeza e uma quarta de aceitação e não adianta tentar acelerar este processo. E quando acontece ver uma família em perfeita negação, ou até já em raiva, até pode virar-se contra nós técnicos, a minha atitude tem de ser de empatia, compreensão, aceitação, porque é um processo que a família tem de viver para chegar à aceitação.

A síndrome de asperger pode ser considerada um espectro do autismo?


Não pode ser considerada, ela é mesmo, é um autismo ligeiro, nós fazemos estes diagnósticos por referência a um manual, que se chama manual diagnóstico e estatístico das perturbações mentais, que é DSM, e que é revisto com alguma regularidade. Neste momento estamos numa versão 4 revista, DSM 4R, mas está mesmo a sair a DSM 5R, a designação de síndrome de asperger vai desaparecer, diz o manual, e vai ficar ao abrigo de outra designação que é perturbações do espectro do autismo, que são depois divididas em 3 níveis, nível 1, 2 ou 3, de acordo com o nível de funcionalidade, ou seja, aquilo que se chamava síndrome de asperger vai passar a ser chamado perturbações do espectro do autismo, nível 1, que é o nível de funcionalidade maior.

Com que idade normalmente as crianças dão entrada aqui no CADIN?


É muito diferente, o autismo é detectado muito mais cedo. No autismo a criança tem comportamentos muito desviantes. Às vezes há muitas mães que notam desde da nascença, sobretudo se forem mães que já tinham outros filhos, no momento em que lhes pegam ao colo notam a diferença, porque não olham para a mãe, porque não se aninham no colo da mãe e muito depressa começam a notar, embora levem o seu tempo a aceitar a situação e a agir. Temos diagnósticos muito precoces normalmente os mais precoces desde dos 2 anos até aos 4 anos e são autismos severos. A síndrome de Asperger geralmente já aparecem cá mais tarde, por serem manifestações mais ligeiras, diria 8/9 anos. Já fiz diagnósticos de síndrome de Asperger aos 30 anos, a partir dos 20. É variável.

Qual é o perfil dominante nas crianças com autismo?


Fala-se numa tríade de dificuldades no autismo, dificuldades na interpretação do real, dificuldades da comunicação e um conjunto de precaridades no comportamento e no pensamento destas crianças que inclui, por exemplo, uma grande rigidez quer em termos de pensamento quer em termos de comportamento, que faz com que eles precisem de ter comportamentos muito repetitivos e com que precisem de rotinas e muita estrutura para realmente conseguirem estar na escola ou em qualquer ambiente, têm muitas vezes hipersensibilidade sensoriais o que quer dizer que, por exemplo, o barulho que hoje este projecto está a fazer é perturbante para eles ou se eu acendesse estas luzes podia ser perturbante também, certos sons como sirenes, som de um aspirador, de um secador pode pô-los realmente muito ansiosos. Hipersensibilidades também em texturas, ao ponto de não suportarem o contacto com determinados tecidos, com a areia na praia, com determinados materiais que são usados na escola. Hipersensibilidades também ao nível gustativas e portanto rejeitarem determinados alimentos. Hipersensibilidades ao nível do olfacto portanto serem muito mais sensíveis a determinados cheiros. No caso do autismo profundo esta tria de dificuldades, na comunicação, na interação social e precaridades de pensamentos são acompanhadas de uma deficiência mental, ou seja, têm dificuldades generalizadas de aprendizagem, precisam desde cedo de ter apoios educativos específicos. No caso do Síndrome de Asperger a tríade de dificuldades está lá o que não está são as dificuldades generalizadas de aprendizagem, ou seja, as pessoas com Asperger têm uma inteligência média ou superior à média. Há um mito que todas as pessoas com Asperger têm uma inteligência superior, podem ter uma inteligência média ou superior à média.

Quais as causas que têm mais influência? Genéticas ou meio?


Tem sido muito muito investigado e de facto cada vez mais se acredita numa base genética do autismo, parece é ser uma base genética multideterminada e que eventualmente depois pode ter algum tipo de interação ou fatores perinatais, é por isso que é tão difícil descobrir. Temos milhares de genes, porções de genes para estudar e parece haver, de facto, uma interação genética com fatores do meio durante a gravidez ou durante o parto, mas há fortes indicadores que nos inclinam para a origem genética, porque temos aqui imensos casos de irmãos onde em 4 irmãos, 2 têm autismo. Temos vários casos de gémeos verdadeiros em que ambos têm autismo. Eu presenciei um caso de gémeos verdadeiros em que ambos têm autismo e depois tenho um outro em que é gémeo falso e só ele é que tem autismo. Logo há uma maior incidência nos gémeos verdadeiros do que falsos e também uma maior incidência de gémeos do que outro tipo de irmãos. Há um forte indicador que seja uma predisposição genética. O pai já era esquisito, o tio já era esquisito geralmente alguém vem muitas vezes com a criança para fazer diagnóstico e nós pensamos vou dizer ao pai ou não vou dizer e nós pensamos, ele não perguntou nada mas claramente vemos que tem qualquer coisa. Mas ainda não se descobriu que gene específico, tem sido feita muita investigação, envolve muito tempo e muito dinheiro e já houve muito tempo em que se tiveram teorias completamente postas de parte, nomeadamente a famosa teoria da mãe frigorífico, e estas crianças ficaram assim porque a mãe lhes era indiferente às suas necessidades, não era afetiva, isto foi completamente posto de parte. Uma outra que tinha a ver com a vacina da vaps porque coincide a idade em que esta é administrada, com a idade em que crianças com autismo têm regressões e portanto as pessoas associavam, mas também está posta de parte.

Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil – CADIN

No âmbito do Trabalho de Projecto foi proposto ao grupo uma visita ao Cadin. Para preparam esta visita, elaboramos uma pesquisa sobre este.


Quem são?


No CADIN somos uma equipa, uma família, um conjunto de pessoas que prossegue o mesmo sonho: cuidar de crianças, jovens e adultos com perturbações do desenvolvimento, oferecendo-lhes a melhor qualidade técnica na avaliação e tratamento, enquanto lhes fazemos sentir que é genuína a nossa vontade de ajudar.
No CADIN sabemos que uma criança não pode ser avaliada sem levar em conta o ambiente onde está inserida, os pais, os irmãos, a escola. No CADIn, mais do que diagnosticar ou tratar, temos a preocupação de cuidar, enquanto alargamos o círculo, tornando quem nos procura em mais um elemento da nossa grande família.
Para isso, formámos um conjunto de técnicos que são expoentes nas suas áreas de intervenção, com uma gama variada de competências, para que as famílias aí encontrem os diversos especialistas de que possam vir a necessitar, seja nas áreas médicas, da psicologia, ou da reabilitação. Nenhum dos nossos técnicos trabalha sozinho, antes com a noção clara de que é fundamental juntar conhecimentos, pontos de vista, experiência, em equipas coesas e dialogantes.
No CADIn estamos conscientes de que é grande a nossa responsabilidade, porque chegam de todo o país as pessoas que em nós confiam. O CADIn nasceu de uma ideia e de uma vontade que ainda hoje temos, de realizar a utopia de tornar o melhor Centro de Desenvolvimento, naquele que não exclui ninguém, abrindo as portas a todos, independentemente das suas possibilidades económicas.
O CADIn é um sonho que se constrói todos os dias, na busca incessante de fazer melhor, sem deixar ninguém para trás. Somos um Centro que nasceu para servir e se realiza quando o faz.

O que fazem?


No CADIN cuidamos das crianças e jovens com alterações do desenvolvimento ou problemas comportamentais. Qualquer família que nos procure encontra no CADIn os especialistas de todas as áreas que possam estar envolvidas, desde a Psicologia à Psiquiatria, da Terapia da Fala à Psicomotricidade, da Neuropediatria à integração sócio-profissional.
O CADIn não é apenas um Centro maior do que os outros: pretendemos ser mais abrangentes e especializados, pelo que os nossos técnicos se organizam em núcleos de competências específicas nas áreas da Dislexia, do Autismo, da Hiperactividade, da Integração Profissional, das Perturbações do Sono, Sexologia etc.
O CADIn não é apenas um centro de excelência na área clínica, a nossa missão é mais larga, e leva-nos à realização de acções de formação por todo o país, e à participação activa nos “media”, com o propósito de esclarecer e divulgar as questões do desenvolvimento e comportamento atípico.
No CADIn quebramos barreiras e inovamos, pelo que até os adultos com perturbações do desenvolvimento aí encontram as respostas que procuram.
O nosso sentido de responsabilidade para com a comunidade científica tornou-nos parceiros de diversas entidades universitárias com quem colaboramos no ensino e na investigação.
No CADIn analisamos os problemas, procuramos as soluções, implementamos a intervenção, num espírito universitário de constante actualização, partilha de experiências e avanço do conhecimento, através de equipas multidisciplinares em constante actualização.

Fonte de Pesquisa:

http://www.cadin.net/ (Consultado em Abril de 2013)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Tratamentos do Autismo e da Sindrome de Asperger


Poucos são os tratamentos actualmente existentes uma vez que os resultados são muito pequenos e morosos.
Os tratamentos passam por uma estimulação constante e por um apoio constante como forma de estimular e fazer com que a criança interaja com o ambiente, com as pessoas e com outras crianças.



Fonte de Pesquisa:
http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/autismo.php (consultado em Abril de 2013)

Loucos de Amor (Mozart and the Whale) - 2005

Donald Morton (Josh Hartnett) e Isabelle Sorenson (Radha Mitchell) sofrem da síndrome de Asperger, uma espécie de autismo que provoca disfunções emocionais. Donald trabalha como motorista de táxi, adora os pássaros e tem uma incomum habilidade em lidar com números. Ele gosta e precisa seguir um padrão na sua vida, para que possa levá-la de forma normal. Entretanto ao conhecer Isabelle no seu grupo de ajuda tudo muda na sua vida, por estar apaixonado por ela.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Prevalência do Autismo


De acordo com estudos feitos por Eric Fombonne no Canadá (2003):

Para uma população de 10.000 pessoas há 10 pessoas com autismo e 2,5 com síndroma de Asperger. Na mesma população há 30 pessoas com perturbações globais do desenvolvimento no quadro do autismo. Estudos desenvolvidos em Portugal (Oliveira, G et al., 2006) apontam para números semelhantes.
 

DSM IV- TR (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais)
As características essenciais da Perturbação Autística são a presença de um desenvolvimento acentuadamente anormal ou deficitário da interacção e comunicação social e um repertório acentuadamente restritivo de actividades e interesses.
A perturbação pode manifestar-se antes dos 3 anos de idade por um atraso ou funcionamento anormal em pelo menos uma das seguintes áreas: interacção social, linguagem usada na comunicação social, jogo simbólico ou imaginativo (critério B). Não existe tipicamente um período de desenvolvimento normal, embora em cerca de 20% dos casos os pais tenham descrito um desenvolvimento relativamente normal durante um ou dois anos. Nestes casos, os pais referem uma regressão no desenvolvimento da linguagem, geralmente manifestada por uma paragem da fala depois de a criança ter adquirido 5 a 10 palavras.




Fonte de Pesquisa:
http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/autismo.php (consultado em Abril de 2013)

Sei que te vou amar (The Black Ballon) - 2008

Thomas Mollison é um jovem de 16 anos que quer apenas ter uma vida normal. O seu irmão mais velho, Charlie, tem autismo e o funcionamento de toda a sua família gira em torno de oferecer-lhe um ambiente de vida seguro. Ao mudar-se para uma nova casa e uma nova escola, Thomas conhece Jackie Masters e começa a apaixonar-se por ela. Quando a sua mãe fica confinada à cama, devido à gravidez, Thomas deve assumir a responsabilidade de cuidar do seu irmão, o que pode custar a sua relação com Jackie, especialmente quando isso desencadeia um violento confronto na família na sua festa de aniversário, que leva o rapaz a uma viagem emocional repleta de frustrações e angústias.



Perturbações do Espectro do Autismo - Manual Prático de Intervenção

 
O presente manual prático de intervenção nas perturbações do espectro do autismo (PEA) pretende transmitir a informação de que as PEA são uma patologia do neurodesenvolvimento que exige uma intervenção muito precoce, de caráter intensivo e multidisciplinar. Assim, tem por objetivo partilhar o conhecimento teórico e prático sobre as PEA e a sua intervenção, dando a conhecer as diversas actividades construídas e adaptadas para as várias crianças que já passaram pelo programa PIPA – Programa Integrado Para o Autismo desenvolvido nos últimos anos no Centro de Desenvolvimento Infantil LógicaMentes.

Pretende-se que, tanto os profissionais de saúde e terapeutas, como os educadores, professores e pais, compreendam a necessidade de os materiais terem de ser construídos à medida de cada criança para que, em cada etapa do desenvolvimento, seja feita a estimulação correta. Esta individualização permite que a criança com PEA possa evoluir e desenvolver-se de forma mais ajustada, conseguindo fazer as aprendizagens de modo a ter a autonomia e integração social e profissional na sociedade.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Causas do Autismo


Nos anos 40 e 50 acreditava-se que a causa do autismo residia nos problemas de interação da criança com os pais. A partir dos anos 60, a investigação científica, baseada sobretudo em estudos de casos de gémeos e nas doenças genéticas associadas ao autismo mostrou a existência de um fator genético multifatorial.
Parece haver uma predisposição para o autismo o que explica a incidência de casos de autismo nos filhos de um mesmo casal. É possível existirem factores hereditários com uma contribuição genética complexa e multidimensional.
Alguns factores pré natais (ex.rubéola materna, hipertiroidismo) e peri natais (ex.prematuridade, baixo peso ao nascer, infecções graves neonatais, traumatismo de parto) podem ter grande influência no aparecimento das perturbações do espectro do autismo.
Há uma grande incidência de epilepsia na população autista (26 a 47%) enquanto na população em geral a incidência é de cerca de 0,5%.

Há contudo, neste momento uma conclusão importante que reúne o consenso da comunidade científica:
Não há ligação causal entre atitudes e ações dos pais e o aparecimento das perturbações do espectro autista. As pessoas com autismo podem nascer em qualquer país ou cultura e o autismo é independente da raça, da classe social ou da educação parental.


Fonte de Pesquisa:
http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/autismo.php (consultado em Abril de 2013)

Adam - 2009



Adam é um rapaz com Síndrome de Asperger apaixonado por astronomia, que passa a morar sozinho após a morte do pai. Tem um único amigo para apoiá-lo, Harlan. O filme trata do seu relacionamento com uma nova vizinha, a professora Beth. Foi escrito e dirigido por Max Mayer, que teve a ideia quando ouviu uma entrevista de um homem com Síndrome de Asperger. Para se preparar para o papel, Hugh Dancy conversou com vários aspies.
Foi premiado no Sundance Film Festival e no Method Fest Independent Film Festival.
 
Elenco: Hugh Dancy, Rose Byrne, Peter Gallagher, Amy Irving, Frankie Faison.

Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger


Esta obra é sobre os cuidados com a criança autista é um recurso ideal para as famílias e também para os profissionais que trabalham com eles. Em linguagem clara e simples, os autores explicam a natureza dessa condição e suas variações, e abordam problemas comuns vivenciados em atividades do quotidiano como comer, dormir e tomar banho. Além disso, sugerem estratégias para lidar com crises repentinas de raiva ou mau humor, e apresentam alternativas para melhorar as aptidões sociais e de comunicação.
Com base em pesquisas atuais e muitos exemplos de casos, os autores analisam, passo a passo, cada problema e suas causas, propondo várias soluções.

domingo, 21 de abril de 2013

A Tríade de Perturbações no Autismo



As pessoas com autismo têm três grandes grupos de perturbações. Segundo Lorna Wing (Wing & Gould,1979), a partir de uma investigação feita em Camberwell, a tríade de perturbações no autismo manifesta-se em três domínios: social, linguagem e comunicação, pensamento e comportamento.

Domínio social: o desenvolvimento social é perturbado, diferente dos padrões habituais, especialmente o desenvolvimento interpessoal. A criança com autismo pode isolar-se mas pode também interagir de forma estranha, fora dos padrões habituais.

Domínio da linguagem e comunicação: a comunicação, tanto verbal como não verbal é deficiente e desviada doa padrões habituais. A linguagem pode ter desvios semânticos e pragmáticos. Muitas pessoas com autismo (estima-se que cerca de 50%) não desenvolvem linguagem durante toda a vida.

Domínio do pensamento e do comportamento: rigidez do pensamento e do comportamento, fraca imaginação social. Comportamentos ritualistas e obsessivos, dependência em rotinas, atraso intelectual e ausência de jogo imaginativo.


Fonte de Pesquisa:
http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/autismo.php (consultado em Abril de 2013)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Autismo – O Musical (Autismo: The Musical) - 2007


Henry, filho de Stephen Stills (do Crosby, Stills e Nash), refere-se ao mundo através de um conhecimento quase enciclopédico de dinossauros. Lexy Quatorze anos de idade, à beira da adolescência, tem um novo interesse nos meninos. Wyatt, precocemente verbal e aterrorizada por bullies, tem uma paixão por orquídeas. Adão aprendeu sozinho a tocar gaita blues, antes que ele tinha dois anos, e atualmente tem levado o violoncelo. Além dos seus interesses e atividades, todas essas crianças também têm alguma forma de autismo.
 

Asperger Syndrome - A love Story



Aberto, honesto e otimista, é a personagem principal deste livro que nos dá uma visão pessoal, nos altos e baixos, de uma relação com um Asperger.
Quando Sarah e Keith se conhecem em 2003 não se sabia muito sobre a Síndrome de Asperger. Sarah pensa que Keith é estranho e não consegue descobrir porquê. Keith pensa que Sarah está obcecada com o diagnóstico. Seguem-se dificuldades que levam ao fim da relação. Aos poucos, cada um constroi o seu conhecimento acerca da Síndrome de Asperger, desenvolvendo uma compreensão partilhada, uma aceitação mútua e um desejo de voltarem a estar juntos.
Este história pessoal é apoiada por uma investigação rigorosa, que faz do livro um bom ponto de partida para a compreensão deste problema. É por isso uma leitura inspiradora para casais em relações de Asperger, bem como para os profissionais de aconselhamento.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Características do Autismo e Síndrome de Asperger

O autismo foi identificado cientificamente "Autistic Disturbances of Affective Contact" pela primeira vez em 1943 por Leo Kanner, pedopsiquiatra austríaco.


As características que ele definiu para as crianças desse grupo eram:
• Um profundo afastamento autista
• Um desejo autista pela conservação da semelhança
• Uma boa capacidade de memorização mecânica
• Expressão inteligente e ausente
• Mutismo ou linguagem sem intenção comunicativa efetiva
• Hipersensibilidade aos estímulos
• Relação estranha e obsessiva com objetos
Embora as características dos indivíduos fossem semelhantes, havia um grupo reconhecido por Asperger com picos de inteligência e linguagem desenvolvida. Daí, hoje as crianças com essas características serem diagnosticadas como tendo o síndroma de Asperger.
Lorna Wing (1981) definiu o síndromo de Asperger com seis critérios de diagnóstico:
1. Linguagem correta mas pedante, estereotipada;
2. Comunicação não verbal - voz monótona, pouca expressão facial, gestos inadequados;
3. Interação social não recíproca, com falta de empatia;
4. Resistência à mudança - Preferência por atividades repetitivas;
5. Coordenação motora - postura incorreta, movimentos desastrados, por vezes estereotipias;
6. Capacidades e interesses - Boa memória mecânica, interesses especiais circunscritos.

Apesar das competências dos indivíduos com síndroma de Asperger, eles têm igualmente grandes problemas com a interação social recíproca, com a comunicação funcional, embora falem com propriedade e com o comportamento e rigidez de pensamento.


Fonte de Pesquisa:
http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/autismo.php (consultado em Abril de 2013)